Palestrante em Joinville é CEO da Pininfarina, empresa italiana responsável pelo design de arranha-céus de Balneário Camboriú e de projetos para marcas como Ferrari e Maserati
15/05/2019 - 19h42
“Como o design faz do mundo um lugar melhor?”. Essa foi a questão-chave da participação de Silvio Pietro Angori na tarde desta quarta-feira (15) durante a Expogestão 2019, na Expoville, em Joinville. O executivo é CEO da Pininfarina, empresa italiana responsável pelo design de arranha-céus de Balneário Camboriú, como o Yachthouse - a torre mais alta do Brasil -, e de projetos para marcas como Ferrari e Maserati.
A resposta para a pergunta central está em aliar os mundos físico e digital por meio de um design que promova experiências únicas aos clientes. Na avaliação dele, com os impactos das novas tecnologias, como a Internet das Coisas (IOT) e as novas tendências sociais, o comportamento das pessoas está mudando e é nesse contexto que um design inovador, diferenciado e humanizado ganha papel de destaque nos diferentes setores corporativos.
— Com todo o impacto que o avanço tecnológico está promovendo na vida das pessoas, cada cliente quer um produto ou serviço personalizado. No setor automotivo, por exemplo, há 20 anos o consumidor estavas pensando no combustível, hoje pensa no design do produto.
A questão é como usá-lo a favor da companhia — considera.
— Acreditamos que a resposta para este paradigma é conseguir a combinação de dois pontos coexistentes: estética e beleza de um lado; tecnologia e funcionalidade do outro. Ou seja, o design deve humanizar esse produto ou serviço — explica.
Design como estratégia
A visão de Silvio Angori está presente no DNA da Pininfarina desde a sua fundação em 1930. Segundo ele, a empresa obtém sucesso nos mercados em que atua porque aposta no design como a arma capaz de transmitir experiências aos usuários de qualquer produto ou serviço.
— Você acaba colocando alma nas máquinas.
Ainda de acordo com o executivo, se não houver beleza no design a empresa não vai conseguir ter os lucros desejados. “É possível construir um prédio ou um carro, mas eles são coisas imóveis, sem vida. Então é o design que acaba transmitindo emoções e se torna parte fundamental do produto”, assegura.
— Homens de negócios sabem que as empresas devem lucrar e o design é muito valioso para os negócios, porque quando bem sucedida essa estratégia faz com que possamos ser reconhecidos como únicos. O mundo está mudando muito rápido e para se manter no topo da competição
é a hora de correr e inovar o mais rápido possível, fazer com que o amanhã chegue hoje para o nosso cliente e para isso nós temos que inovar e tornar o mundo um lugar melhor — reflete.
Por: Luan Martendal
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